O Cinema Samurai de Akira Kurosawa Akira Kurosawa

de 26 de novembro

a 1 de dezembro de 2019

CAIXA Cultural Fortaleza

Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema

informações: (85) 3453-2770

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Akira Kurosawa 1910-1998

Com seu virtuosismo e maestria, Akira Kurosawa transformou o gênero dos “filmes de samurai” em um forma de fazer cinema. O diretor era capaz de interromper as próprias filmagens por dias ou semanas até que estivesse satisfeito com a aparência dos céus e chegou a exigir a utilização de artefatos históricos autênticos no lugar dos objetos de cena de seus filmes. Foi partindo desse seu perfeccionismo aguçado que Kurosawa produziu algumas das obras mais significativas da cinematografia japonesa do século XX.

Ao filme Rashomon (1950) – vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza – é atribuída a “descoberta” do cinema japonês pela cinefilia ocidental (uma efeméride que, no entanto, ignora a circulação dos filmes feitos no Japão nas salas de exibição do bairro da Liberdade, em São Paulo), enquanto Trono Manchado de Sangue (1957) – uma leitura de Macbeth – é considerado pela crítica como uma das mais importantes adaptações de Shakespeare para o cinema. Com a repercussão de seus filmes, Kurosawa deu o pontapé na “Era de Ouro” da cinema de seu país após a Segunda Guerra Mundial, renovando a arte, a indústria e firmando o seu lugar na história cinema mundial.

Não são temas, estilos ou cores que unem os filmes de Kurosawa. Afinal, ao longo de sua carreira, o diretor explorou uma amplitude vasta de tradições artísticas, literárias e pictóricas. Unidade e autoria em sua obra podem ser melhor sintetizadas em uma palavra: ambição. Seja pela ambição estética de capturar cenas épicas de batalhas e guerras, seja pela ambição humanista de investigar os desejos e contradições de uma sociedade machucada e de seus indivíduos, o diretor trouxe ao cinema um olhar movido pela austeridade, compaixão e pelos anseios de superação.

Na obra de Kurosawa, “cinema samurai” é mais de que um gênero cinematográfico, é também um estilo de direção. Nesse sentido, a mostra reúne filmes que – embora sejam um pequeno recorte dessa carreira – apresentam a enormidade ambiciosa de um artista e indivíduo que transformou o cinema de seu país e do mundo.





rashomon

Rashomon 1950

Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza e do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o filme explora a fragilidade dos conceitos de verdade e justiça quando suas personagens recitam as diferentes memórias de um mesmo crime. (90min)

Terça 26/11 às 16h
Sábado 30/11 às 20h

Dersu Uzala

Dersu Uzala 1975

Situado nas florestas gélidas da Sibéria, Dersu Uzala narra a história de uma amizade improvável entre um caçador idoso e um jovem explorador russo. Filmado na então União Soviética, é o único filme do diretor realizado fora do Japão. (142min)

Quarta 27/11 às 16h

Ikiru-Viver

Ikiru– Viver 1952

Um dos grandes épicos do cinema humanista, Ikiru (do verbo “Viver” em japonês) retrata a angústia do Sr. Wanatabe, um burocrata que é forçado a refletir sobre o sentido de sua vida após receber a notícia de que possui uma doença terminal. (143min)

Quarta 27/11 às 19h

Trono Manchado de Sangue

Trono Manchado de Sangue 1957

Contando com a grande interpretação do ator Toshiro Mifune, no filme, Kurosawa transporta a história das profecias e traições de Macbeth para o Japão medieval. Misturando a influência de Shakespeare com o misticismo do teatro clássico japonês. (110min)

Quinta 28/11 às 16h
Domingo 1/12 às 18h

Ran

Ran 1985

O último grande épico de Kurosawa, Ran é também um dos seus poucos filmes coloridos. Inspirado na peça Rei Lear de William Shakespeare, a história retrata uma guerra entre três irmãos que buscam o controle do império deixado pelo pai. (164min)

Quinta 28/11 às 19h

A Fortaleza Escondida

A Fortaleza Escondida 1958

No filme que inspirou a saga Star Wars, de George Lucas, dois camponeses desafortunados ajudam uma mulher e um homem a viajar por uma terra arrasada pela guerra. Sem saber que o casal era, no entanto, uma princesa e um general disfarçados. (140min)

Sexta 26/11 às 16h

Os Sete Samurais

Os Sete Samurais 1954

Filme que renovou o gênero do jidaigeki (filmes de época japoneses) nos anos 1950, Os Sete Samurais conta a história de um grupo de guerreiros que se reúne para proteger uma comunidade que está sendo extorquida por uma milícia. (210min)

Sábado 30/11 às 16h

Yojimbo – O Guarda Costas

Yojimbo – O Guarda-Costas 1961

Toshiro Mifune interpreta um ronin (um guerreiro mercenário) contratado por duas facções rivais que buscam o controle dos negócios locais de uma comunidade no Japão feudal. Filme que deu origem a Por Um Punhado de Dólares, de Sergio Leone. (110min)

Domingo 1/12 às 15h






PALESTRA DE ABERTURA
com o curador Pedro Tinen

Terça 26/11 às 19h

DEBATE
com Monica Okamoto e Henrique Codato

Sexta 29/11 às 19h






EQUIPE

realização Doctela
curadoria Pedro Tinen
coordenação geral Lívia Perez
produção executiva Giovanni Francischelli
produção de cópias Zoe Di Cadore
produção local Priscila Lima – Talita Sobrinho
projeto gráfico, vinheta e webdesign André Menezes
assessoria de imprensa Farol Comunicação
registro audiovisual Doctela
apoio Fundação Japão






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