Da mesma forma que marcas como CNN ou ESPN, hoje conhecidas mundialmente, começaram modestamente na TV a cabo, nomes que hoje estão sendo projetados na web se tornarão em alguns anos marcas globais, previu o diretor do YouTube para a Europa, Oriente Médio e África, Ben McOwen Wilson, que participou de painel nesta segunda, 24, no BBC Showcase em Liverpool, Inglaterra.
O serviço de vídeos do Google é hoje o segundo maior mecanismo de buscas do mundo, atrás apenas da própria empresa-mãe, e tem um bilhão de usuários únicos por mês, conta Wilson. Eles consomem 6 bilhões de horas de conteúdo mensalmente. A cada minuto são publicadas 100 horas de vídeos. “Em dois dias publicamos o equivalente ao que todas as TVs do mundo exibem em cinco anos”, compara o executivo.
Ele nota também dois fenômenos: o tempo médio dos vídeos, que antes eram muito curtos, agora é de 20 minutos, e cada vez mais os usuários pulam de um vídeo para outro, graças aos mecanismos de recomendação, que levam em conta a localização do usuário, seus interesses e o que seus amigos também assistem. “Um terço dos usuários assiste a pelo menos dez vídeos por sessão”, revela Wilson.
O desafio, explica, é um conteúdo se diferenciar no meio de tanta coisa, já que o serviço trata igualmente conteúdos profissionais e amadores. A saída é a adoção dos mecanismos similares aos das redes sociais, com canais que os usuários seguem. “Há um cara que faz vídeos semanais sobre ciências que já tem 6 milhões de seguidores. Estes usuários têm potencial para se desenvolverem e um dia tornarem-se marcas globais”, diz.
*Com informações do site Tela Viva