Novo secretário municipal de cultura critica ‘modelo insustentável’ de São Paulo
Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2015
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O novo secretário municipal de Cultura, Nabil Bonbuki (PT), 59, assumiu a pasta nesta terça (4) com discurso de que a cultura “pode mudar o modelo urbano insustentável” da cidade, a partir da “articulação dos diferentes equipamentos culturais”.

O arquiteto e urbanista tomou posse em cerimônia na sede da Prefeitura de São Paulo. Estiveram presentes o prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT), o antecessor de Nabil na secretaria e atual ministro da Cultura, Juca Ferreira (PT), e o secretário interino, Guilherme Varella.

Nabil, que na Câmara Municipal foi relator do Plano Diretor –conjunto de diretrizes para regulamentar o crescimento de São Paulo–, disse que os equipamentos culturais da cidade “às vezes não dialogam entre si”.

“Nosso objetivo é fazer com que possam se articular e cada área da cidade tenha uma visibilidade para as ações da secretaria e para as iniciativas culturais desenvolvidas pela população”, afirmou.

Entre suas propostas, está a criação de 83 salas de cinema nesses espaços, como CEUs e bibliotecas, reutilizando estruturas já existentes.

A programação das salas ficará a cargo da Spcine, empresa voltada ao fomento do audiovisual paulistano, lançada na semana passada com orçamento inicial de R$ 65 milhões –vindos do município, do Estado e da União, por meio da Ancine (Agência Nacional do Cinema).

O novo secretário também falou sobre a Virada Cultural, evento anual que espalha shows pela cidade durante 24 horas, ainda sem data marcada em 2015. Para Nabil, a solução para evitar tumultos no evento é espalhar atividades ao longo do ano.

Ele cita como exemplos a comemoração do aniversário de São Paulo, além de projeto da prefeitura que leva atrações culturais aos espaços da secretaria ao longo do ano.

“O aniversário [de SP] começou no sábado às 13h e se estendeu até domingo às 20h em cinco regiões da cidade”, disse. “A intenção é ter esse tipo de evento ao longo do ano todo e na cidade toda.”

A Virada Cultural, porém, deve manter o maior número de atrações na região central, diferentemente do que Nabil disse anteriormente.

“A Virada é um momento em que as pessoas querem se encontrar no centro”, disse.

Em entrevistas anteriores, o recém-empossado secretário havia falado em diminuir o número de atrações na região durante o evento.

“Ter menos palcos no centro é também uma maneira de dar mais segurança para os lugares onde ela [a Virada] vai acontecer”, disse à Folha em janeiro, quando já ressaltava também a hipótese de realizar outras atividades ao longo do ano.

 

Fonte: Ilustrada – Folha de São Paulo

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